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Ponto de Vista: Lafaete Vaz


O nosso entrevistado da vez é o jornalista José Lafaete Alves Vaz, mais conhecido como Lafaete Vaz, 21 anos. O jovem vem se destacando pela sua simplicidade e talento. Apesar de recém formado em Jornalismo, Lafaete já tem uma boa experiência no currículo, com passagens pelo GloboEsporte.com, Jornal Extra de Pernambuco e Portal de Notícias G1, atualmente é repórter na rádio Globo FM. Foi por esse e outros motivos, que ele é o nosso entrevistado e vai nos dá o seu Ponto de Vista sobre os desafios e as conquistas da sua carreira.


Venturosa360º - Com suas palavras, nos fale: - Quem é Lafaete Vaz?
Lafaete Vaz –Essa eu respondo em menos de 140 caracteres: Venturoso, apaixonado por futebol, rádio e rock brazuca, filósofo de botequim, jornalista nos dias de feira e boleiro no fim de semana”.


Venturosa360º - O que lhe motivou a fazer o curso de Jornalismo?
Lafaete Vaz – “Desde criança eu sempre gostei de comunicação. Lembro que sempre acompanhava noticiários e pedia a papai para pegar jornais antigos na casa de um amigo dele para poder ler depois. Até que na 8ª Série, cursava até na então escola Quitéria Wanderley Simões, durante uma aula de português com professora Jocileide Bezerra, a ideia surgiu de verdade. Depois, fiquei em dúvida entre Letras e Jornalismo, mas acabei optando pela comunicação e não me arrependo”.


Venturosa360º - Quais as maiores dificuldades encontradas no início de sua carreira? E como fez para superá-las?

Lafaete Vaz -  “Tudo novo é difícil. As pessoas e os lugares são desconhecidos. Cheguei aqui (Caruaru) para cursar jornalismo e ficar longe de casa. Confesso que os três primeiros meses foram muito complicados, mas graças a Deus conheci pessoas que me ajudaram. Não só no início, mas até hoje. Ganhei famílias e irmãos aqui em Caruaru. Sou muito grato por isso”.


Venturosa360º - O que mais e o que menos te agrada na carreira jornalista?
Lafaete Vaz -  “Acredito que o compromisso social com a realidade é o que há de mais importante no jornalismo. Nossa missão é com a informação verídica e precisa para a população. Mas, alguns companheiros estão mais preocupados com o falso “glamour” da profissão e esquecem o principal: informar”.


Venturosa360º - Se caso você tivesse que deixar a carreira de jornalista. Que outra profissão você seguiria? Por quê?

Lafaete Vaz – “Seria professor. Tenho três irmãs professoras e quase ingresso no curso de Letras. Acho muito importante o papel do educador. Todo conhecimento deve ser compartilhado”. 


Venturosa360º - Você já tinha o interesse por assuntos esportivos, ou surgiu durante o curso de Jornalismo? Comente:

Lafaete Vaz – “Eu já gostava de futebol. Sempre foi um sonho trabalhar com esporte, mas entrei no curso com a mente aberta para conhecer outras modalidades do jornalismo. Ainda prefiro trabalhar com futebol, mas não me importo em fazer outro tipo de assunto”.


Venturosa360º - Em março de 2015, uma de suas matérias esportivas recebeu o Prêmio Julio Kovac (Concurso de jornalismo esportivo que premia as melhores produções do GloboEsporte.com). Nos fale desta conquista e a emoção do reconhecimento de seu trabalho:

Lafaete Vaz – “Foi uma matéria bem bacana que fiz em parceira com André Ráguine. Na hora que o coordenador chegou dizendo eu não acreditei. Aí ele disse: “abra o e-mail”. Quando vi foi sensacional. Fizemos o material e enviamos sem muita pretensão, afinal, as afiliadas de todo país participam mensalmente do concurso. Tão importante quanto o prêmio foi ajudar o nosso personagem. Um artesão especial que merece ter o trabalho divulgado e reconhecido. Deixo abaixo o link da reportagem”:


Venturosa360º - Enquanto repórter você já entrevistou várias personalidades. Qual delas você apontaria como a mais especial? E por quê?

Lafaete Vaz – “Não dá pra precisar. Tive a sorte de entrevistar muita gente que eu curto. Mas, da música destaco Bruno Gouveia, do Biquini Cavadão, Nasi, do Ira!, Tony Belotto, dos Titãs, e Zeca Baleiro, de quem sou fã desde criança. Já no esporte, tive o prazer de entrevistar recentemente Falcão, maior jogador da história do futsal. Na hora tremi na base (risos). Também tiveram os atacantes Araújo, que rodou o mundo e chegou a defender a Seleção Brasileira, e Rogério, hoje no Sport, Nivaldo, autor do gol mais rápido da história do Brasileirão, e a maior figura que conheci até hoje no mundo da bola: Aloísio Chulapa”.



Venturosa360º - Como repórter do Globo FM, você participou da cobertura das Eleições 2016 no primeiro e segundo turno em Caruaru. Como você avalia a sua participação neste trabalho? E quais os fatores contribuíram para o êxito?

Lafaete Vaz – “Foi um momento muito importante na minha vida pessoal e profissional. A empresa me convidou e aceitei o desafio. Eleições são muito complicadas, temos que tomar muito cuidado para não se envolver. A minha vantagem era não ser de Caruaru e não ter envolvimento com nenhum grupo político. Mas, manter-se neutro é muito difícil. Eu estava acostumado com a política rasteira, como é em Venturosa, uma disputa longe do campo das ideias. E pelo visto, nossa cidade ainda vai continuar com pensamento de “Fazenda Boa Sorte” por um bom tempo. Lá, o interesse pessoal, independente de cor partidária, se sobressai ao coletivo”.


Venturosa360º - Assim como você foi um dia, existem muitos garotos e garotas que sonham em ser jornalistas um dia. Qual o seu conselho para essa garotada?

Lafaete Vaz – “Parece clichê, mas o segredo é nunca desistir e manter o foco. No jornalismo, o principal é a leitura. Jornalista que não lê, não pode trabalhar em nenhum veículo de comunicação. Como diz Milton Nascimento em Clube da Esquina nº 2, “os sonhos não envelhecem””.


Venturosa360º - Ã‰ do conhecimento de todos que a falta de oportunidade, em relação à Educação e Emprego, faz com quer muitos jovens desistam de seus sonhos. Consequências que levam muitos jovens ao caminho da prostituição, criminalidade e drogas. Do seu PONTO DE VISTA, nos fale: Como você vê essa realidade em nossa cidade? E quais os fatores contribuem para o agravamento dessa situação?

Lafaete Vaz – “Deixei Venturosa há quatro anos e hoje só vou visitar pais, familiares e amigos. A falta de políticas públicas de incentivo a educação é um agravante. Não sei se algo mudou, mas na minha época era difícil alguma ação voltada ao tema. Também não existiam muitas oportunidades de emprego. Como disse anteriormente, os interesses pessoais são mais fortes que os coletivos. Mas, “o tempo engana aqueles que pensam, que sabem demais, que juram que pensam (Nenhum de Nós)””.


Venturosa360º - Suas considerações Finais:

Lafaete Vaz – “O recado que eu deixo é duvidar de tudo que é publicado - inclusive esta entrevista. Em todas as notícias, por mais simples que sejam, as palavras não estão soltas por acaso. Cada expressão tem um propósito. Mas, as pessoas não leem mais a informação completa. Se contentam com a manchete, saem comentando e se tornam donos da verdade no “tribunal do Facebook”. Na era das redes sociais, as pessoas estão mais chatas e intolerantes. Tudo é motivo para “textão” e nenhuma discussão é aprofundada como deveria. Como diz Humberto Gessinger, “é gente demais, com tempo demais, falando demais, alto demais. Vamos atrás de um pouco de paz””.

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