Escola: Câmara do Senado aprova proibição de comida gordurosa e refrigerante em escolas.
Projeto foi aprovado em turno suplementar e vale
para privadas e públicas.
Cantina
que não seguir nova regra perderá licença.
A Comissão de
Assuntos Sociais do Senado aprovou por unanimidade na quarta-feira (21/08) um
projeto que proíbe a venda em escolas públicas e privadas de bebidas com baixo
valor nutricional, como o refrigerante, e também de alimentos com alto teor de
gordura e sódio, como os salgados. O projeto foi aprovado em turno suplementar
( segunda análise do texto em caso de alterações).
portanto não havendo
recurso para que o projeto seja apreciado no plenário, a proposta segue para a
Câmara dos Deputados.
O projeto, que tem
como autor o senador Paulo Paim (PT-RS), tem como meta reduzir os índices de
obesidade infantil e se baseia em iniciativas já feitas por estados e
municípios. De acordo com o texto, as cantinas que venderem os produtos não
recomendados devem ter o licenciamento vedado ou o alvará cancelado.
A proposta deixa
pendente de regulamentação a definição das bebidas e alimentos que devem ser
banidos. O projeto também altera o Estatuto da Criança e do Adolescente de modo
a determinar que o Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolva ações de educação
nutricional, de promoção de alimentação saudável e de prevenção e controle de
distúrbios nutricionais em crianças e adolescentes.
“O presente projeto
de lei propõe uma abordagem legislativa múltipla que conflui para uma única
direção: educar as escolas a oferecerem ou venderem produtos mais saudáveis e
as crianças a recriarem suas formas alimentares e influenciarem positivamente
os pais em casa”, diz Paulo Paim no texto de justificativa do projeto.
O texto indica
o prazo de seis meses para que a lei entre em vigor, contados do prazo de sua
publicação. A norma só pode ser publicada após a sanção presidencial, que
ocorre após o projeto terminar de tramitar no Congresso Nacional.
O texto está em
tramitação há seis anos no Senado, período em que foram sugeridas diversas
emendas ao texto. Entre as sugestões rejeitadas pela relatora, senadora Angela
Portela (PT-RR), estão as que excluem do cardápio das cantinas alimentos com
carne e laticínios. Também foram retiradas emendas que incluíam a norma para
escolas de educação de jovens e adultos.
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