Praga de gafanhotos leva RS e SC a declarar estado de emergência
A nuvem de gafanhotos que avança em direção ao Brasil levou o Ministério da Agricultura a declarar estado de emergência fitossanitária nas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados que podem ser afetados pelos insetos. A portaria foi publicada no início da madrugada desta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU), assinada pela ministra Tereza Cristina Correa da Costa Dias.
PORTARIA Nº 201, DE 24 DE
JUNHO DE 2020
Declara estado de emergência
fitossanitária relativo ao risco de surto da praga Schistocerca cancellata nas
áreas produtoras dos Estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para
implementação do plano de supressão da praga e adoção de medidas emergenciais.
A MINISTRA DE ESTADO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 87, parágrafo único, incisos II e IV, da Constituição Federal, tendo em
vista o disposto no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, na Lei nº 12.873,
de 24 de outubro de 2013, no Decreto nº 8.133, de 28 de outubro de 2013, e o
que consta do Processo nº 21000.040518/2020-16, resolve:
Art. 1º Declarar estado
de emergência fitossanitária relativo ao risco de surto da praga Schistocerca
cancellata nas áreas produtoras dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina, para implementação do plano de supressão da praga e adoção de medidas
emergenciais.
Parágrafo único. As
diretrizes e medidas a serem adotadas serão indicadas em Ato da Ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 2º O prazo de
vigência da emergência fitossanitária previsto no art. 1º será de 1 (um) ano, a
contar da data de publicação desta Portaria.
Art. 3º Esta Portaria
entra em vigor na data de sua publicação.
TEREZA CRISTINA CORREA DA
COSTA DIAS
O decreto 8.133 de 2013
permite a contratação de pessoal por tempo determinado e autoriza a importar
temporariamente defensivos agrícolas para conter a praga.
A espécie Schistocerca
cancellata é um gafanhoto da subfamília Cyrtacanthacridinae. É a principal
espécie de enxame na América do Sul subtropical.
A nuvem
de gafanhotos que avança pela Argentina está a 130 km em linha reta do
município brasileiro de Barra do Quaraí, no oeste do Rio Grande do Sul, de
acordo com o último levantamento do governo argentino. Para meteorologistas, a
chegada vai depender da condição climática no Sul nos próximos dias.
— Foto: Guilherme Pinheiro /
G1
O governo do Brasil já
estuda o uso de mais de 400 aviões agrícolas para controle dos insetos, caso
cheguem ao país. O sindicato que representa as empresas de aviação
agrícola (Sindag) colocou à disposição do Ministério da Agricultura os 426
aviões pulverizadores que o Rio Grande do Sul possui.
“A aviação agrícola é
considerada mundialmente uma das principais armas no combate a nuvens de
gafanhotos”, disse em nota o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle.
Segundo a entidade, a
ferramenta é utilizada nesse tipo de operação inclusive em ações da Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na África.
O Brasil possui a segunda
maior frota de aviação agrícola do mundo, com 2.280 aeronaves.
Alerta no Sul
O ministério pediu que a
Superintendências Federais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa
Agropecuária para que realizem o monitoramento das lavouras e orientem os
agricultores, principalmente os do Rio Grande do Sul, a adotarem eventuais
medidas de controle da praga, caso a nuvem chegue ao Brasil.
A Emater do Rio Grande do
Sul também orientou os produtores da Fronteira Oeste do estado.
Fonte: G1
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