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A Reação da Bacia leiteira de Pernambuco à pandemia da Covid-19

imagem: Alepe


No início da pandemia, diante de um cenário de incertezas, a bacia leiteira de Pernambuco sofreu um impacto na sua produção. Com uma média produtiva de dois milhões de litros de leite por dia, sendo que 60% dessa produção é destinado a aproximadamente 80 queijarias artesanais com registro definitivo ou provisório. Com a crise provocada pela Covid-19, ocasionando o fechamento de hotéis, pousadas e restaurantes fez com quer essas queijarias tomasse medidas produtivas, como diminuir a ração do gado, reduzir a produção e algumas até suspenderam as atividades por falta de demanda. Como efeito direto, o preço do litro do leite, que estava se recuperando em 2019 (de R$ 0,70 para R$ 1,30) voltou a recuar:  R$ 0,80.
         Passando o período inicial da crise, com a certeza da abertura dos supermercados, mercearias e estabelecimentos voltados à alimentação, a bacia leiteira pernambucana voltou a produzir, retornando ao status de normalidade. Com isso, o litro do leite teve uma reação e está sendo comercializado no estado numa faixa entre R$ 1,20 e R$ 1,50. Em entrevista ao Diário de Pernambuco, o presidente do Sindicato dos Produtores de leite de Pernambuco, Saulo Malta falou do inicio da crise: “No início, o pessoal ficou com receio de produzir e não ter para quem vender e também de viajar. Quem vende para grandes indústrias não teve problemas e o preço se manteve porque a procura está grande”.
         Ainda de acordo com Saulo, as três grandes feiras de queijo do estado – em Venturosa, Cachoeirinha e Capoeiras – continuam ativas. E que agora os problemas do setor restringem-se a dois fatores: as viagens dos informais à capital e a alta do dólar que provoca um aumento bem considerado nos insumos.

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