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Desmatamento na Amazônia pode transformar região centro-sul do Brasil em deserto


A floresta Amazônica é uma das grandes responsáveis pelo condicionamento climático. Entre uma série de outros fatores, a fotossíntese das plantas nesse ambiente faz com que o clima seja estável e confortável. Além disso, as pequenas gotículas eliminadas pelas plantas evaporam e formam grandes nuvens, que depois voltam para o solo em formato de chuva.
A América do Sul é muito privilegiada por ainda ter uma grande quantidade de florestas (mesmo com 90% da Mata Atlântica devastada). Porém, o desmatamento desenfreado da Amazônia pode causar um grande aquecimento global e consequentemente uma série de estragos nas regiões andinas (que são abastecidas com o derretimento lento das geleiras), nas regiões do serrado (que têm plantações regadas com as chuvas que provêm da floresta amazônica) e até nas regiões Sul e Sudeste.  Isto (o desmatamento da Amazônia) provavelmente é um dos fatores responsável pela falta de chuva em São Paulo. Isso porque as gotículas que evaporam na Amazônia são fundamentais para um processo maior chamado “rios voadores”, que é responsável por mais de 44% das chuvas de todo o Brasil.


Como funcionam os rios voadores da Amazônia?

Os rios voadores funcionam da seguinte maneira: as águas do oceano atlântico evaporam e formam algumas nuvens. Essas nuvens são empurradas pelo vento até a Amazônia, onde provocam grandes chuvas. A água dessas chuvas é novamente evaporada e essas novas nuvens são direcionadas pelo vento até a Cordilheira dos Andes. As montanhas barram as nuvens, que então são obrigadas a dar a volta nesse relevo e acabam seguindo em direção ao Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
Se por acaso as árvores da Amazônia não existirem mais ou estiverem num número baixo, aquela quantidade de gotículas que seria produzida na passagem pela floresta não iria ser evaporada. Significando uma grande crise de água nessas regiões do país.
Num nível mais extremo o problema pode ser muito maior do que simplesmente não ter água suficiente para o consumo. Mas sim, o surgimento de um grande deserto nas regiões: centro-sul e sudeste do país. O mapa-múndi apresenta uma certa simetria na distribuição de florestas (que ficam ao redor da linha do Equador) e desertos (nos trópicos de Câncer e Capricórnio), como pode ser observada na imagem:







Texto adaptado: MMP


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