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NATUREZA: Brasileiro clica de perto as presas de um tubarão-tigre.


Motivado pela causa da preservação dos tubarões, o fotógrafo brasileiro Daniel Botelho contou que já perdeu a conta de quantos lugares visitou e de quantas espécies viu para registrar suas imagens. Ele acaba de retornar de uma expedição nas ilhas Bahamas, onde, em apenas um dia, mergulhou em meio a cinco tubarões-tigre, 30 tubarões-limão e 40 tubarões-de-recife.
A intenção de Daniel era ver de perto os Galeocerdo cuvier (tubarões-tigre) e realizar uma série de fotografias que nomeou de “Anatomia da mordida de um tubarão tigre”. A bordo de um barco de operadores de mergulho e na companhia de outros amigos de profissão, Daniel viajava cerca de duas horas da costa da cidade Freeport até Tiger Beach, região onde estão os tubarões. “Apesar do nome, de praia esse lugar não tem nada haver. É uma região de alto mar onde você não vê terra nenhuma em torno”, explica.
Para atrair os animais, a equipe de mergulhadores joga uma mistura chamada “engodo” que, de acordo com Daniel, é uma mistura de sangue e óleo de peixe. “O cenário mais curioso é que os tubarões apareçam depois de 10 minutos de jogado o engodo. Os primeiros a aparecer são os tubarões-limões e os de-recife. Então ai sim vêm os tubarões-tigre, que são animais bem maiores que a média da população daquela região”, conta.
O mergulho para se aproximar destas espécies requer muitos cuidados. Daniel explica que primeiro desciam do barco ele e um mergulhador de segurança. Após os primeiros contatos com os tubarões, mergulha o outro restante da equipe. “A principal coisa que você deve ter é respeito e consciência de que se um animal desses quiser fazer alguma coisa contigo ele faria. Mas eu tento ser uma prova de que esse animal não é tão maldoso assim. É um predador que merece todo o respeito, mas dentre os predadores está muito atrás do leão, do crocodilo e até mesmo do hipopótamo”, conclui.

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