MEIO-AMBIENTE: ONU firma acordo para limitar CO2 na aviação a partir de 2020.
A Assembleia Geral da Organização da Aviação Civil
Internacional (Oaci), junto com a agência da Organização das Nações Unidas
(ONU) com sede em Montreal, no Canadá, firmou um acordo para controlar o aumento das
emissões de dióxido de carbono (CO2) da indústria da aviação a partir de 2020, a
informação foi divulgada ontem (04/10) por fontes diplomáticas.
A Oaci já inicia manter, antes da data de
sua próxima Assembleia Geral, no outono de 2016 (no Hemisfério Norte), um novo sistema
que limita as emissões de gases de efeito estufa.
O estabelecimento de um mecanismo mundial
para estabilizar as emissões, ido a debate durante muitos anos sem que fosse
alcançada unanimidade, parece, com isso, chegar a um consenso, e "a boa
notícia é que se firmou um acordo geral que abrange China e Índia", disse
um dos diplomata presente na reunião.
A União Europeia (UE) também queria
pressionar seus parceiros a adicionar um sistema de imposto sobre as emissões
de CO2 dentro de no máximo três anos. Mas a UE ficou isolada e teve que acatar
o consenso geral, explicou uma fonte que pediu para manter sua identidade
preservada.
Em 30 abril, a UE já havia paralisado por
um ano a taxação sobre o CO2 para voos intercontinentais com origem ou destino
a seus 28 países-membros. Esse imposto europeu decretou forte reação de muitas
nações integrantes da Oaci. A China ameaçou a UE, inclusive, em fazer
represálias a fabricante de aviões Airbus.
O acordo geral firmado na sexta-feira "é uma mensagem muito
forte para a Europa", de acordo com um dos negociadores do texto.
O acordo geral – enviado ontem para votação
dos 1.400 delegados de mais de 170 países que se reuniram na sessão plenária em
Montreal – mostra claramente que "os Estados deveriam colocar em
andamento" até o ano de 2016 um sistema para limitar as emissões em nível
mundial e rejeita de fato qualquer sistema regional, apota uma fonte.
Os representantes dos 28 Estados-membros
da UE não conseguiram firmar um acordo sobre um pedido da Alemanha de adiar
para 2024, em vez de 2020, a diminuição de emissões de CO2 dos veículos
particulares para 95 gramas por quilômetro.
A decisão foi remarcada para 14 de outubro
por ocasião de uma reunião de ministros europeus do Meio Ambiente prevista em
Luxemburgo, mas a UE deverá, de fato, aderir ao marco mundial.
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