SÍRIA: ONU determina resolução que obriga Síria a entregar seu arsenal químico.
(Carros de Tv, preparados para cobertura geral da assembleia da ONU).
O Conselho de Segurança da
ONU aprovou na noite hoje (27/09) a resolução que obriga
o governo da Síria a entregar seu arsenal químico.
O texto foi
aprovado por unanimidade pelos 15 integrantes do conselho.
Essa foi a
primeira resolução adotada pelo órgão da ONU sobre a Síria desde o início
da guerra civil no país, no início de 2011, após os vetos de Rússia e China a
três projetos anteriores.
A
aprovação aconteceu logo após o comitê executivo da Organização para a
Proibição de Armas Químicas (Opaq) ter aprovado o plano sírio para entrega de armas.
A
resolução, decretada após ampla negociação entre Rússia e EUA, exige a erradicação do arsenal,
mas não demonstra ações punitivas caso o regime do contestado presidente sírio Bashar
al-Assad não a cumpra.
Sua
aprovação encerra semanas de tensa negociação entre russos -aliados de Assad- e
americanos.
A
comunidade internacional pressiona o governo sírio a se desfazer de suas armas
químicas após um ataque, em 21 de agosto, ter causado centenas mortes na
periferia de Damasco.
Os
EUA acusam o regime do presidente Assad pelo ataque, em que teria sido usado
gás sarin e que teria provocado pelo menos 1.429 mortes de civis.
O
governo sírio nega qualquer autoria sobre o ataque e o credita a
"terroristas" que combatem o regime, em meio a uma tensa guerra civil
que já dura 30 meses, e que provocou mais de 110 mil mortos, deixando cerca de
2 milhões de refugiados e provoca uma crise humanitária e política regional.
A
proposta de erradicação do arsenal, feita inicialmente pela Rússia, cancelou ou
pelo menos adiou um possivel ataque militar dos EUA à Síria.
O
governo do presidente americano Barack Obama declara que o regime sírio só
aceitou entregar as armas por conta da "pressão" militar e diz que a chance
de uma intervenção ainda não está descartada.
O
chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, falou que o Conselho de Segurança estará
pronto a tomar "medidas cabiveis" se a resolução for violada.
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