A Síria não vai ceder diante da iminente ameaça de ataques ocidentais, nem que isso cause uma terceira guerra mundial, disse à France Presse o vice-ministro sírio de Relações Exteriores, Faisal Moqdad, às vésperas de um possivel ataque americano ao país em guerra civil.

"O governo sírio não mudará sua posição. Nenhum sírio pode sacrificar a independência de seu país", disse o vice-chanceler Moqdad, que afirmou que Damasco tomou todas as medidas para responder a uma possível agressão externa.

"Nenhum sírio pode sacrificar a independência de seu país."

Segundo o vice-ministro, "os Estados Unidos e seus aliados se mobilizam para uma ação militar contra a Síria".

"Acredito que, de seu lado, a Síria tem o direito de mobilizar seus aliados e receber deles todo o tipo de ajuda".

Faisal Moqdad afirmou que Damasco tomou "todas as medidas" para responder a uma agressão externa.

O presidente dos EUA, Barack Obama, tenta obter apoio no Congresso para uma ação militar contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, apontado por usar armas químicas contra civis e rebeldes antigoverno na periferia de Damasco em um ataque em 21 de agosto.

O regime sírio nega a autoria do ataque, que atribui a "terroristas" ligados à rede terrorista da Al-Qaeda, que tentam desestabilizar o país.

O Conselho de Segurança da ONU não consegue aprovar uma resolução que prevê um ataque à Síria, pois Rússia e China, aliadas de Assad, usam seu poder de veto para barrá-la.

A guerra civil síria já dura quase dois anos, e já matou mais de 110 mil pessoas, destruiu grande parte da infraestrutura do país, gerou uma enorme crise humanitária e de refugiados e ameaça a estabilidade do Oriente Médio.